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Marília, SP
O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) marcou para quinta-feira (21), às 16h, em São Paulo, o julgamento do Marília Atlético Clube (MAC) pelo ato discriminatório praticado contra um atleta de 12 anos do Linense, no último dia 10 (Dia dos Pais), durante partida do Campeonato Paulista Sub-12. O episódio foi registrado na súmula pelo árbitro Bruno Alexandre Soto, que relatou as ofensas vindas das arquibancadas. O torcedor identificado, nome não revelado, já teve boletim de ocorrência lavrado pela diretoria de base do clube.
O caso enquadra-se no artigo 243-G, §2º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê multa ao clube e suspensão mínima de 720 dias para torcedores que praticarem atos discriminatórios. O episódio ganha ainda mais gravidade porque o Marília é reincidente: em maio de 2024, já havia sido punido por ofensas racistas contra um bandeirinha em jogo do Paulista Sub-20, recebendo multa de R$ 10 mil e perda de mando de campo.
A situação gera preocupação sobre a recorrência desses atos em competições de base, onde deveria prevalecer o espírito de formação, respeito e incentivo às crianças. O julgamento desta semana será decisivo para definir as sanções e também para servir como alerta contra qualquer prática discriminatória no esporte.
Entenda o que aconteceu
Durante a vitória do Marília por 2 a 0 sobre o Linense, pelo Paulista Sub-12, no último dia 10, o árbitro Bruno Alexandre Soto relatou na súmula um episódio lamentável de ofensas vindas das arquibancadas.
Trecho da súmula:
“Aos 50 minutos de jogo, o jogador do Linense número 5, Eduardo Rodrigo Mourão Júnior, me chamou em campo chorando e relatou que torcedores do Marília Atlético Clube estavam proferindo as seguintes palavras: ‘gordo, x-tudo, x-bacon’. Imediatamente chamamos o diretor de jogo. A arbitragem deu todo o apoio emocional ao atleta do Linense, tranquilizamos o jogador em campo e retomamos a partida.”
Nota divulgada pelo Marília no último dia 11: o clube repudia veementemente qualquer ato de discriminação e já tomou todas as medidas cabíveis após as ofensas direcionadas a um atleta de apenas 12 anos.
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Nota divulgada pelo Linense no dia 11: o clube repudia qualquer ato de discriminação e manifesta total solidariedade ao seu atleta de 12 anos, vítima de ofensas durante a partida contra o Marília.
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Você acredita que punições mais severas aos clubes podem realmente acabar com atitudes discriminatórias nos estádios?
Tags: Marília, Linense, TJD, discriminação, preconceito, torcida, futebol de base, justiça desportiva, punição, Campeonato Paulista Sub-12
