A semifinal da Eurocopa Feminina 2025 entre Espanha e Alemanha será marcada por mais uma participação histórica da arbitragem brasileira — e, especialmente, paulista. O trio formado pela árbitra Edina Alves e pelas assistentes Neuza Back e Fabrini Bevilaqua, todas do quadro da Federação Paulista de Futebol (FPF), foi escalado para comandar o confronto decisivo desta quarta-feira (23), às 16h, em Zurique.
Esta será a terceira partida do trio na atual edição do torneio. Na primeira fase, as brasileiras atuaram nos duelos entre Dinamarca 0 x 1 Suécia e Inglaterra 4 x 0 Holanda. A presença recorrente em jogos importantes reforça a confiança da Uefa na qualidade da arbitragem sul-americana, especialmente do Brasil.
As três foram escolhidas por meio de um projeto de intercâmbio entre a Conmebol e a Uefa, que permite a troca de experiências técnicas e culturais entre árbitros dos dois continentes. Edina, Neuza e Fabrini são, inclusive, as únicas profissionais de fora da Europa a atuarem nesta fase avançada da Eurocopa Feminina.
Com 45 anos e trajetória consolidada, Edina Alves soma participações em grandes competições internacionais. Ao lado de Neuza Back, esta será a terceira semifinal de grande porte: juntas, também estiveram em campo nos duelos entre Estados Unidos 2 x 1 Inglaterra, na Copa do Mundo de 2019, e Espanha 2 x 1 Suécia, no Mundial de 2023. A experiência e o entrosamento do trio são fatores que pesaram na escolha da comissão de arbitragem europeia.
A atuação firme, técnica e segura das árbitras da FPF destaca o nível de excelência da escola paulista de arbitragem e fortalece o protagonismo do Brasil em competições internacionais. Além do reconhecimento individual, o momento simboliza o avanço da representatividade feminina dentro do futebol e serve de inspiração para jovens profissionais da área.
Árbitra Edina Alves durante os preparativos na Suíça para a UEFA Women’s Euro 2025, onde comandará a semifinal entre Alemanha e Espanha.
O projeto de intercâmbio entre Conmebol e Uefa, que possibilita essa integração, tem como objetivos principais o aprimoramento técnico, o nivelamento de critérios de arbitragem e a valorização da mulher no esporte. Participações como essa mostram que a arbitragem brasileira não apenas acompanha o ritmo internacional, como também se consolida entre as melhores do mundo.
Será que essa presença feminina e sul-americana em uma semifinal europeia abrirá ainda mais portas para o futuro da arbitragem no Brasil?
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