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Há 75 anos, o Brasil viveu a maior tragédia esportiva de sua história: a derrota por 2 a 1 para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950, no recém-inaugurado Maracanã. A Seleção, que jogava por um empate, saiu na frente com Friaça, mas cedeu a virada com gols de Schiaffino e Ghiggia diante de mais de 200 mil torcedores atônitos no estádio e milhões pelo rádio.
A campanha brasileira até ali havia sido avassaladora: vitórias incontestáveis sobre México, Iugoslávia, Suécia e Espanha. O título parecia questão de tempo. Mas o Uruguai, campeão da primeira Copa em 1930, usou a frieza, a estratégia e a experiência para calar um país inteiro com apenas dois chutes certeiros.
O goleiro Barbosa, ídolo do Vasco, tornou-se injustamente o símbolo da derrota. Condenado por décadas, morreu triste e injustiçado, mesmo sendo um dos maiores arqueiros da história do futebol brasileiro. Os heróis uruguaios, como Schiaffino e Ghiggia, viraram lendas eternas no imaginário da Celeste Olímpica.
A partida gerou cicatrizes que ecoaram por gerações. E ainda há quem diga que o fantasma de 1950 jamais foi completamente exorcizado. O Maracanazo não é apenas um jogo. É um capítulo inapagável da identidade do futebol brasileiro. Um lembrete cruel de que a paixão pelo esporte também carrega seus dias mais sombrios.
O Maracanã, inaugurado um mês antes, ainda com barras de sustentação, recebeu seu maior público em 16 de julho de 1950.
FICHA TÉCNICA DA PARTIDA
Decisão da Copa do Mundo – 16 de julho de 1950
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Árbitro: George Reader (Inglaterra)
Público: 173.850 (oficial). Mais de 200.000 (estimativa).
Brasil: Barbosa; Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir de Menezes, Jair e Chico.
Técnico: Flávio Costa.
Uruguai: Máspoli; Matías González e Tejera; Gambetta, Obdulio Varela e Rodríguez Andrade; Ghiggia, Julio Perez, Míguez, Schiaffino e Morán. Técnico: Juan Lopez.
Gols:
Friaça (2’ do 2ºT)
Schiaffino (21’ do 2ºT)
Ghiggia (34’ do 2ºT)
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